“O egoísmo, chaga
da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. O
egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar
suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais
necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros.
Que cada um,
portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse
monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador
de todas as misérias do mundo terreno.
É a negação da
caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
É a esse
antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa
chaga moral que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo
desempenhado por completo a sua missão.
Expulsai da Terra o
egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de
a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o
expilais dos vossos corações.”
(ESE Cap. 11 - Amar
o próximo como a si mesmo – item 1 – O Egoísmo)
1. OBJETIVO:
Compreender que o ciúme é um
sentimento que deve ser educado; é uma disfunção que pode levar o espírito a
loucura.
2. SENSIBILIZAÇÃO:
Após
o vídeo desenvolver o assunto:
Entre os terríveis
gigantes da alma, que têm predomínio em a natureza humana, destacam-se: os
ressentimentos, os ciúmes e as invejas que entorpecem os sentimentos, açulam a
inferioridade e terminam por vencer aqueles que os vitalizam, caso não se resolvam
enfrentá-los com hercúlea decisão e pertinaz insistência.
(O Ser consciente –
Joanna de Angelis - Cap 16 - Gigantes da alma)
Na convivência, o
hábito de posse estabelece o ciúme, a inveja, a dependência e a dor em
complexas relações.
O afeto, como
expressão do sentimento humano, carreia em muitos lances da experiência
relacional, um conglomerado de desejos. Entre eles encontram-se aqueles que nos
mantêm na retaguarda espiritual, carecendo de educação a fim de não fazer da
vida interpessoal um colapso de energias, em círculos delicados de conflitos e
atitudes desajustadas do bem, provenientes de ligações malsucedidas e
possessivas.
(Reforma intima sem
martírio – espírito Ermance Dufaux – cap. 26. Disciplina Dos Desejos)
(Ouvir
as respostas)
3. DESENVOLVIMENTO DA AULA:
Tipificando
insegurança psicológica e desconfiança sistemática, a presença do ciúme na alma
transforma-se em algoz implacável do ser. O paciente que lhe tomba nas malhas
agonizantes em suspeitas e verdades, que nunca encontram apoio nem reconforto.
Atormentado pelo
ego dominador, o paciente, quando não consegue asfixiar aquele a quem estima ou
ama, dominando-lhe a conduta e o pensamento, foge para o ciúme, em cujo campo
se abriga a fim de entregar-se aos sofrimentos masoquistas que lhe ocultam a
imaturidade, a preguiça mental e o desejo de impor-se à vitima da sua
psicopatologia.
No aturdimento do
ciúme, o ego vê o que lhe agrada e se envolve apenas com aquilo em que
acredita, ficando surdo à razão, à verdade.
O ciúme atormenta
quem o experimenta e aquele que se lhe torna alvo preferencial.
O ciumento,
inseguro dos próprios valores, descarrega a fúria do estágio primitivista em
manifestações ridículas, quão perturbadoras, em que se consome.
Ateia incêndios em
ocorrências imaginárias, com a mente exacerbada pela suspeita infeliz, e
envenena-se com os vapores da revolta em que se envolve, insanamente.
Desviando-se das
pessoas e ampliando o círculo de prevalência, o ciúme envolve objetos e
posições, posses e valores que assumem uma importância alucinada, isolando o
paciente nos sítios da angústia ou armando-o com instrumentos de agressão
contra todos e tudo.
O ciúme tende a
levar sua vítima à loucura.
O ego enciumado
fixa o móvel da existência no desejo exorbitante e circunscreve-se à paixão
dominadora, destruindo as resistências morais e emocionais, que terminam por
ceder-lhe as forças, deixando de reagir.
Armadilha do ego
presunçoso, ele merece o extermínio através da conquista de valores
expressivos, que demonstrem ao próprio indivíduo as suas possibilidades de ser
feliz.
Somente o self pode
conseguir essa façanha, arrebentando as algemas a que se encontra agrilhoado,
para assomar, rico de realizações interiores, superando a estreiteza e os
limites egóicos, expandindo-se e preenchendo os espaços emocionais, as
aspirações espirituais, vencidos pelos gases venenosos do ciúme.
Liberando-se da
compressão do ciúme, a pouco e pouco, o eu profundo respira, alcança as praias
largas da existência e desfruta de paz com alguém ou não, com algo ou nada,
porém com harmonia, com amor, com a vida.
(O Ser consciente –
Joanna de Angelis - Cap 18 – Ciúme)
4. CONCLUSÃO:
“A terapia para o
ciúme passa pelo autoconhecimento, quando percebemos a fragilidade em nós, e
tomamos atitudes práticas de autocontrole, autodisciplina, para erradicá-lo
gradualmente da vida.
O tratamento
prescreve uma reconquista da autoestima, da confiança em si mesmo, tornando-nos
menos sensíveis às investidas cruéis desse vício moral.T
Finalmente, as
ações no bem, que fazem com que a alma se doe e amplie seu leque de relações,
também colabora significativamente para educar o sentimento de posse exacerbado
e inquieto.
O amor não precisa
do sal do ciúme para temperar as relações. O sabor de todo relacionamento sadio
virá da confiança irrestrita e do altruísmo, que pensa sempre no bem do outro.”
(Redação do Momento
Espírita, com base no cap. Ciúme, do livro O ser consciente, pelo Espírito
Joanna de Ângelis)
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