“O
homem está incessantemente à procura da felicidade, mas ele a procura nas
coisas perecíveis, sujeitas às mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos
materiais, em vez de buscá-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação
das imperecíveis alegrias celestes. Em vez de buscar a paz do coração, única
felicidade verdadeira neste mundo, ele procura com avidez tudo o que pode
agitá-lo e perturbá-lo. E, coisa curiosa, parece criar de propósito os
tormentos, que só a ele cabia evitar.
Quantos
tormentos, pelo contrário, consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o
que possui, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer
mais do que é! Está sempre rico, pois, se olha para baixo, em vez de olhar para
cima de si mesmo, vê sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre calmo,
porque não inventa necessidades absurdas, e a calma em meio das tormentas da
vida não será uma felicidade?”.
(ESE
Cap. 5 – Bem-aventurados os aflitos – item 23 - Os Tormentos Voluntários)
1.
OBJETIVO:
Refletir
que muitas vezes buscamos a felicidade através dos prazeres materiais; em vez
de buscá-las nos prazeres da alma que são uma amostra dos eternos prazeres
celestes.
2. SENSIBILIZAÇÃO:
Após
o vídeo desenvolver o assunto:
A
educação, a psicoterapia, a metodologia da convivência humana devem
estruturar-se em uma consciência de ser, antes de ter; de ser, ao invés de
poder, de ser, embora sem a preocupação de parecer. Os valores externos são
incapazes de resolver as crises internas, aliás, não poucas vezes, desencadeando-as.
(Livro
“O homem integral – Espirito Joanna de Angelis – 4ª parte – cap. 15 - Conflitos
degenerativos da sociedade)
(Ouvir as respostas)
3. DESENVOLVIMENTO DA AULA:
“Observando
que a sociedade contemporânea se baseia muito no poder e no ter, (o jovem) é
tomado pela ânsia de amealhar recursos para triunfar e programar o futuro de
ordem material. Não lhe ocorrem as necessidades espirituais, as de natureza
ético-moral.
Somente
alguns adolescentes, mais amadurecidos psicologicamente, que procedem de lares
equilibrados e saudáveis, despertam para a aquisição dos valores íntimos, da
conquista do conhecimento. Assim, empenham-se na busca dos tesouros do saber,
das experiências evolutivas, das realizações de crescimento íntimo, em favor do
auto-aprimoramento e da auto-afirmação.
(...)
Não se faz necessário ser superdotado. É mesmo comum encontrar jovens com menos
elevado QI, que conseguem, pela perseverança, pelo exercício, a vitória sobre
os impedimentos ao seu progresso.
Enquanto
outros deixam-se vencer pelos desajustes, sem o empenho de superar as
dificuldades. Permanecem com o patrimônio intelectual sem o conveniente
desenvolvimento ou, quando o realizam, derrapam para a delinquência, aplicando
os tesouros da mente na ação equivocada dos triunfos de mentira.
O
esforço para ter surge com as motivações de crescimento intelectual e
compreensão das necessidades humanas em favor da sobrevivência, da construção
da família, da distinção social, das esperanças de fruir gozos naturais em
forma de férias e recreações, de jogos e prazeres, projetando as expectativas
para a velhice, que esperam conseguir tranquila e confortável. O ter,
passa a significar o esforço pelo conseguir, pelo amealhar, reunindo moedas e
títulos que facilitem a movimentação pelas diferentes áreas do relacionamento
humano. Essa ambição, perfeitamente justa e compreensível, de natureza
previdenciária e lógica, pode tornar-se, no entanto, o objetivo único da
existência, levando ao desespero e à insatisfação, porque a posse apenas libera
de preocupações específicas, mas não harmoniza o ser interiormente.
Não
poucas vezes, o possuir faz-se acompanhar do medo de perder, gerando
receios injustificáveis e neurotizantes. O verdadeiro amadurecimento
psicológico do ser propicia-lhe visão otimista da vida, auxiliando-o a ter
sem ser possuído, em desfrutar sem escravizar-se, em dispor hoje e buscar
amanhã, não lhe constituindo motivo de aflição o receio da perda, da pobreza,
porque reconhece que tudo transita, indo e voltando, raramente permanecendo por
tempo indeterminado, já que a vida física é igualmente transitória, instável.
A
verdadeira sabedoria ensina que se pode ter, sem deixar de lado o esforço por
ser auto-suficiente, equilibrado, possuidor não possuído, identificado com os
objetivos essenciais da experiência carnal, que são a imortalidade, o
progresso, o desenvolvimento de si mesmo com vistas à sua libertação da carne.
Quando
o indivíduo é mais ele mesmo, identificado com a sua realidade espiritual,
consome menos, vive melhor, cresce e amadurece mais, superando os desafios com
otimismo e produzindo sempre com os olhos postos no futuro.
Quando
deseja ter mais e se afadiga por conseguir sempre os lucros de todos os
empreendimentos, a sua é uma existência frustrada, ansiosa, sem justificativa,
porque a sede de possuir atormenta-o e deixa-o sempre insatisfeito. Essa
ambição igualmente tem início na juventude por falta de direcionamento
espiritual e emocional, tornando o adolescente um ser fisiológico, imediatista,
e não uma criatura em desenvolvimento para as altas construções da humanidade.
O
jovem, que deseja ser, desenvolve a sua inteligência emocional,
aprendendo a identificar os sentimentos das demais pessoas, a dominar os
impulsos perturbadores e insensatos, a manter controle sobre as emoções
desordenadas, a ter serenidade para enfrentar relacionamentos tumultuados e
difíceis, preservando a própria identidade.
Essa
inteligência emocional depende da constituição do seu cérebro, que pode alterar
para melhor sempre que o deseje e insista na cultura dos valores ético-morais.
É
necessário ter recursos para uma existência digna, porém é indispensável ser
sóbrio e equilibrado, nobre e empreendedor, conhecendo-se interiormente e
trabalhando-se sempre, a fim de se tornar um adulto sadio e um idoso sábio.”
(Divaldo
Franco - Adolescência e Vida – Lição 15 - O ser e o ter na
adolescência)
4. CONCLUSÃO:
“Tudo me é
permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu
não deixarei que nada domine.”
(Biblia - 1
Coríntios 6:12)
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