“Quando considero a
brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que
é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais
ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que,
no entanto, é o que importa para a eternidade. (...) Por cúmulo de cegueira,
frequentemente se encontram pessoas escravizadas a penosos trabalhos, pelo amor
imoderado da riqueza — como se trabalhassem para os outros, e não para si
mesmas! Insensatos! (...) Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu
bem-estar, seus prazeres foram o objeto exclusivo da vossa solicitude
egoística. Por ele, que morre, desprezastes o vosso Espírito, que viverá
sempre. Por isso mesmo, esse senhor tão amimado e acariciado se tornou o vosso
tirano; ele manda sobre o vosso Espírito, que se lhe constituiu escravo. Seria
essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou?”
(ESE Cap. 16 – Não
se pode servir a Deus e a Mamon – item 12 – Emprego da riqueza)
1. OBJETIVO:
Destacar que as ilusões são
sentimentos que o individuo coloca acima da razão e do bom senso.
2. SENSIBILIZAÇÃO:
Após
o vídeo desenvolver o assunto:
O que são as
ilusões? (...) aquilo que pensamos, mas que não corresponde à realidade. São
percepções que nos distanciam da verdade. Existem em relação a muitas questões
da vida, tais como metas, cultura, comportamento, pessoas, fatos. A pior das
ilusões é a que temos em relação a nós: a autoilusão.
Qual a causa das
ilusões? As ilusões decorrem das nossas limitações em perceber a natureza dos
sentimentos que criam ou determinam nossos raciocínios. Na matriz das ilusões
encontramos carências, desejos, culpas, traumas, frustrações e todo um conjunto
de inclinações e tendências que formam o subjetivo campo das emoções humanas.
Autoilusão é aquilo
que queremos acreditar sobre nós mesmos, mas não corresponde à realidade do que
verdadeiramente somos, é a miragem de nós próprios ou aquilo que imaginamos que
somos.
(Espirito Ermance
Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 15. Diálogo Sobre Ilusão)
(Ouvir as respostas)
3.
DESENVOLVIMENTO DA AULA:
O iludido pensa
muito o mundo “negando” senti-lo, um mecanismo natural de defesa face às
dificuldades que encontra em lidar com suas emoções.
Esconde-se atrás de
uma imagem que criou de si mesmo para resguardar autoridade social ou outro
valor qualquer que deseje manter. O objetivo da reencarnação consiste em
desiludir-nos sobre nós mesmos através da criação de uma relação libertadora
com o mundo material. Se não buscamos essa meta então caminhamos para a
falência dos planos de ascensão individual.
O iludido
esconde-se de si mesmo. Criando um “eu ideal” para atenuar o sofrimento que lhe
causa angústia de ser o que é a criatura foge de si e vive em “esconderijos
psíquicos”.
Devido ao
sentimento de inferioridade que ainda assinala a caminhada da maioria dos
habitantes da Terra, iludimo-nos através de um mecanismo defensivo contra nossa
própria fragilidade que, pouco a pouco, vamos extinguindo. Negar o que se sente
e o que se deseja e o objetivo desse mecanismo. Uma forma que a mente aprendeu
para camuflar o sentimento de inferioridade da qual o espírito se conscientizou
em algum instante de sua peregrinação evolutiva.
Iludimo-nos para
nos sentirmos um pouco melhores. (...) Autoilusão é aquilo que queremos
acreditar sobre nós mesmos, mas que não corresponde à realidade do que verdadeiramente
somos, é a miragem de nós próprios ou aquilo que imaginamos que somos. Uma
vivência psíquica resultante da desconexão entre razão e sentimento. É a crença
na imagem idealizada que criamos no campo mental.
É aquilo que
pensamos que somos e desejamos que os outros creiam sobre nós.
(Espirito
Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 15. Diálogo Sobre Ilusão)
Devido ao arcabouço
psicológico do personalismo, vivemos, preponderantemente, em torno daquilo que
imaginamos que somos, sustentados por convicções e hábitos que irrigam todo o
“cosmo pensante” do ser com ideias e sentimentos irreais ou deturpados sobre
nós mesmos. Sua manifestação mais saliente é a criação de uma autoimagem
superdimensionada em valores e conquistas que supomos possuir...
(Espirito
Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 10. Reflexo-Matriz)
A velha Ilusão das
aparências Hipocrisia é o hábito humano adquirido de aparentar o que não somos,
em razão da necessidade de aprovação do grupo social em que convivemos.
Intencional ou não, é um fenômeno profundo nas suas raízes emocionais e
psíquicas, que envolve particularidades específicas a cada criatura (...)
(Espirito
Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 22. A velha Ilusão das
aparências)
A volta do homem à
vida corporal tem por objetivo o seu melhoramento, o engrandecimento de seus
conceitos ainda são reduzidos pela ótica das ilusões terrenas. Compreender que
é um binômio corpoalma, que tem um destino, a perfeição, e que a vida na Terra
é um aprendizado são as lições que lhe permitirão romper com os estreitos
limites da visão materialista. Semelhantes conquistas interiores exigem preparo
e devotamento a fim de consolidarem-se como valores morais, capazes de levá-lo
a cultivar projetos enobrecedores com os quais possa, pouco a pouco, renovar
seus hábitos de vida.
(Espirito
Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 3. Projeto de Vida)
4. CONCLUSÃO:
“Estamos na Terra
para estabelecer uma linha divisória entre a sanidade e a debilidade; portanto,
é imprescindível discernir o que queremos forçar que seja realidade daquilo que
verdadeiramente é realidade. Muitas vezes, podemos estar nos iludindo a ponto
de negar fatos preciosos que nos ajudariam a perceber a grandiosidade da Vida
Providencial trabalhando em favor de nosso desenvolvimento integral. É mais
produtivo para a evolução dos Espíritos acreditar naquilo que se sente do que
nas palavras que se ouvem. “
(As
dores da alma - Francisco do Espírito Santo Neto – Esp. Hammed - Ilusão)
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