terça-feira, 6 de agosto de 2019

SENTIMENTOS: QUANDO A ILUSÃO PASSA A SER MALÉFICA

Juventude


“Quando considero a brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no entanto, é o que importa para a eternidade. (...) Por cúmulo de cegueira, frequentemente se encontram pessoas escravizadas a penosos trabalhos, pelo amor imoderado da riqueza — como se trabalhassem para os outros, e não para si mesmas! Insensatos! (...) Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu bem-estar, seus prazeres foram o objeto exclusivo da vossa solicitude egoística. Por ele, que morre, desprezastes o vosso Espírito, que viverá sempre. Por isso mesmo, esse senhor tão amimado e acariciado se tornou o vosso tirano; ele manda sobre o vosso Espírito, que se lhe constituiu escravo. Seria essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou?”
(ESE Cap. 16 – Não se pode servir a Deus e a Mamon – item 12 – Emprego da riqueza)

1. OBJETIVO:
Destacar que as ilusões são sentimentos que o individuo coloca acima da razão e do bom senso.

2. SENSIBILIZAÇÃO: Após o vídeo desenvolver o assunto:
O que são as ilusões? (...) aquilo que pensamos, mas que não corresponde à realidade. São percepções que nos distanciam da verdade. Existem em relação a muitas questões da vida, tais como metas, cultura, comportamento, pessoas, fatos. A pior das ilusões é a que temos em relação a nós: a autoilusão.
Qual a causa das ilusões? As ilusões decorrem das nossas limitações em perceber a natureza dos sentimentos que criam ou determinam nossos raciocínios. Na matriz das ilusões encontramos carências, desejos, culpas, traumas, frustrações e todo um conjunto de inclinações e tendências que formam o subjetivo campo das emoções humanas.
Autoilusão é aquilo que queremos acreditar sobre nós mesmos, mas não corresponde à realidade do que verdadeiramente somos, é a miragem de nós próprios ou aquilo que imaginamos que somos.
(Espirito Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 15. Diálogo Sobre Ilusão)
 (Ouvir as respostas)
3.       DESENVOLVIMENTO DA AULA:
O iludido pensa muito o mundo “negando” senti-lo, um mecanismo natural de defesa face às dificuldades que encontra em lidar com suas emoções.
Esconde-se atrás de uma imagem que criou de si mesmo para resguardar autoridade social ou outro valor qualquer que deseje manter. O objetivo da reencarnação consiste em desiludir-nos sobre nós mesmos através da criação de uma relação libertadora com o mundo material. Se não buscamos essa meta então caminhamos para a falência dos planos de ascensão individual.
O iludido esconde-se de si mesmo. Criando um “eu ideal” para atenuar o sofrimento que lhe causa angústia de ser o que é a criatura foge de si e vive em “esconderijos psíquicos”.
Devido ao sentimento de inferioridade que ainda assinala a caminhada da maioria dos habitantes da Terra, iludimo-nos através de um mecanismo defensivo contra nossa própria fragilidade que, pouco a pouco, vamos extinguindo. Negar o que se sente e o que se deseja e o objetivo desse mecanismo. Uma forma que a mente aprendeu para camuflar o sentimento de inferioridade da qual o espírito se conscientizou em algum instante de sua peregrinação evolutiva.
Iludimo-nos para nos sentirmos um pouco melhores. (...) Autoilusão é aquilo que queremos acreditar sobre nós mesmos, mas que não corresponde à realidade do que verdadeiramente somos, é a miragem de nós próprios ou aquilo que imaginamos que somos. Uma vivência psíquica resultante da desconexão entre razão e sentimento. É a crença na imagem idealizada que criamos no campo mental.
É aquilo que pensamos que somos e desejamos que os outros creiam sobre nós.
(Espirito Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 15. Diálogo Sobre Ilusão)
Devido ao arcabouço psicológico do personalismo, vivemos, preponderantemente, em torno daquilo que imaginamos que somos, sustentados por convicções e hábitos que irrigam todo o “cosmo pensante” do ser com ideias e sentimentos irreais ou deturpados sobre nós mesmos. Sua manifestação mais saliente é a criação de uma autoimagem superdimensionada em valores e conquistas que supomos possuir...
(Espirito Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 10. Reflexo-Matriz)
A velha Ilusão das aparências Hipocrisia é o hábito humano adquirido de aparentar o que não somos, em razão da necessidade de aprovação do grupo social em que convivemos. Intencional ou não, é um fenômeno profundo nas suas raízes emocionais e psíquicas, que envolve particularidades específicas a cada criatura (...)
(Espirito Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 22. A velha Ilusão das aparências)
A volta do homem à vida corporal tem por objetivo o seu melhoramento, o engrandecimento de seus conceitos ainda são reduzidos pela ótica das ilusões terrenas. Compreender que é um binômio corpoalma, que tem um destino, a perfeição, e que a vida na Terra é um aprendizado são as lições que lhe permitirão romper com os estreitos limites da visão materialista. Semelhantes conquistas interiores exigem preparo e devotamento a fim de consolidarem-se como valores morais, capazes de levá-lo a cultivar projetos enobrecedores com os quais possa, pouco a pouco, renovar seus hábitos de vida.
(Espirito Ermance Dufeux - Reforma Intima sem Martirio – item 3. Projeto de Vida)

4.       CONCLUSÃO:
“Estamos na Terra para estabelecer uma linha divisória entre a sanidade e a debilidade; portanto, é imprescindível discernir o que queremos forçar que seja realidade daquilo que verdadeiramente é realidade. Muitas vezes, podemos estar nos iludindo a ponto de negar fatos preciosos que nos ajudariam a perceber a grandiosidade da Vida Providencial trabalhando em favor de nosso desenvolvimento integral. É mais produtivo para a evolução dos Espíritos acreditar naquilo que se sente do que nas palavras que se ouvem. “
(As dores da alma - Francisco do Espírito Santo Neto – Esp. Hammed - Ilusão)

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