sexta-feira, 24 de outubro de 2014

PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

CENTRO ESPÍRITA ISMAEL
Estudo Doutrinário Infanto-juvenil – Juventude e Mocidade
Evangelização Infantil Eurípedes Barsanulfo
Estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap.17  itens 4,5 e 6Módulo V: Caminhando para JESUS

 Tema: Parábola do Bom Samaritano(Um convite à caridade)

1.MENSAGEM
Se examinarmos atentamente a Doutrina de Jesus, veremos em todos os seus princípios a exaltação da humildade e a humilhação do orgulho. As personalidades mais impressionantes e significativas de suas parábolas são sempre os pequenos, os humildes, os repudiados pelas seitas dominantes, os excomungados pela fúria e ódio sacerdotal, os acusados pelos doutores da lei. pelos rabinos, pelos fariseus e escribas do povo, em suma, os chamados heréticos e descrentes! Todos estes são os preferidos de Jesus, e julgados mais dignos do Reino dos Céus que os potentados da sua época, que os sacerdotes ministradores da lei, que os grandes, os orgulhosos, os representantes da alta sociedade! “
(Cairbar Shuettel, sobre a Parábola do Bom Samaritano)

2.OBJETIVOS:                                   
-Sensibilizar a criança sobre as diversas oportunidades de auxiliar as pessoas que encontram em seu dia-a-dia;
- Estimular o evangelizando a refletir sobre a importância de não cultivar no coração quaisquer tipos de preconceitos (raça, religião, cor, etc);
- Destacar que a Parábola exemplifica os ensinamentos de Jesus, como a caridade e a humildade, duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho;

3.SENSIBILIZAÇÃO: Levá-los a sensibilizarem sobre as diversas oportunidades de auxiliar as pessoas que encontram no seu dia-a-dia.
Um jovem muito rico se dirigi a Jesus e pergunta:

Mestre, que Bem devo fazer para possuir a Vida Eterna?
Jesus responde: “É necessário amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças e de todo o entendimento; e também amar ao próximo como a si mesmo.”

Após este convite de Jesus, vamos refletir:
ü Se você encontra uma pessoa precisando de ajuda, o que faz?
ü Se você se depara com uma pessoa caída na rua ou na calçada, como age?
ü Alguém já pediu o seu auxílio, em qualquer lugar, mais você foi indiferente à situação?

Hoje iremos estudar sobre uma  Parábola que nos ensina sobre a oportunidade de praticarmos o bem: a Parábola do Bom Samaritano.

4.ESTUDO:  A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
E eis que se levantou um certo doutor da lei tentando-O e dizendo: - Mestre, que farei para herdar a Vida Eterna?
E Ele lhe disse: - Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo, ele disse: - Amará ao Senhor Deus de todo o teu coração, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: - Respondestes bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: - E quem é o meu próximo?
E, respondendo, Jesus disse: - Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e, espancando-o, se retiraram deixando-o meio morto.
E ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também, um levita, chegando àquele lugar, e vendo-o passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas deitando-lhes azeite e vinho, e, podo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele.
E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu t’o pagarei quando voltar.
- Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: - O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: - Vai e faze da mesma maneira.”
 (Lucas: Cap. X, v. 25-37)


O ensino propiciado por Jesus nessa edificante parábola é dos mais elucidativos. Nele podemos apreciar o exercício da caridade imparcial, despretensiosa, incondicional, em seu sentido amplo, sem limitações.
O samaritano, considerado herético e apóstata pelos judeus ortodoxos, foi o paradigma tomado pelo Mestre para nos dar o ensejo de tão profundo ensinamento.
O grande mérito da Parábola do Bom Samaritano é de nos provar que o indivíduo que se intitula religioso e se julga o expoente do sistema religioso oficial, nem sempre é o verdadeiro praticante das virtudes que, geralmente, são ensinadas em profusão, mas pouco exemplificadas.
O sacerdote que passou primeiramente pelo moribundo, atribuía a si qualidades excepcionais e se julgava zeloso cumpridor da lei e dos preceitos religiosos. Certamente, balbuciou algumas palavras de rogativa a Deus, em favor do homem que ali estava ferido, mas daí, até a ajuda direta a distância é enorme.
O samaritano, considerado réprobo pelos judeus, porém, conscientemente cumpridor dos seus deveres humanos, não se limitou a se condoer do moribundo, e sim, achegou-se a ele e o socorreu do melhor modo possível, levando-o, em seguida, a um lugar de pouso, onde o assistiu melhor e o recomendou ao estalajadeiro, prontificando-se a pagar todos os gastos.
A caridade foi, ali, dispensada a um desconhecido, e quem a praticou não objetivou retribuição de espécie alguma, o que escapa à quase generalidade dos casos, pois, na Terra, a maioria daqueles que se denomina religiosos, objetivam, quando fazem qualquer bem, a recompensa dos Ceús, fazendo com que haja um interesse em jogo, uma expectativa de retribuição.
Os samaritanos eram dissidentes do sistema religioso dos escribas e fariseus – eram os protestantes da época. O Nazareno, com o fito de demonstrar a precariedade dos ensinamentos da religião oficial, geralmente figurava os samaritanos como sendo aqueles que haviam assimilado a parte melhor da religião: a parte prática, que consiste na concretização daquilo que os ensinamentos prescrevem.
 Jesus, além de nos ensinar o feito grandioso do samaritano da parábola, tomou, em outras circunstâncias, os samaritanos como modelo, haja vista o ensino em torno da mulher samaritana, (João, IV, 5-30), e o outro da cura dos dez leprosos, dentre os quais apenas um, que era samaritano, se lembrou de voltar para render graças à Deus, (Lucas, XVII, 11-19).
 (AS MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy).


...”Jesus coloca o samaritano, considerado como herege, mas que tem amor ao próximo, acima do ortodoxo a quem falta a caridade. Jesus não considera a caridade uma das condições para a salvação, mas a condição única; colocando a caridade no primeiro plano das virtudes, é porque ela enfeixa, implicitamente todas as outras: humildade, doçura, benevolência, indulgência, justiça, etc., e por ser a antítese absoluta do orgulho e do egoísmo.”
 (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Cap.XV – 3 – Allan Kardec)


COM CARIDADE
Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade. ”Paulo.( I Coríntios, 16:14.)
 Ainda existe muita gente que não entende outra caridade, além daquela que se veste de trajes humildes aos sábados ou domingos para repartir algum pão com os desfavorecidos da sorte, que aguarda calamidades públicas para manifestar-se ou que lança apelos comovedores nos cartazes da imprensa.
Não podemos discutir as intenções louváveis desse ou daquele grupo de pessoas; contudo, cabe-nos reconhecer que o Dom sublime é de sublime extensão.
Paulo indica que a caridade, expressando amor cristão, deve abranger todas as manifestações de nossa vida.
 Estender a mão e distribuir reconforto é iniciar a execução da virtude excelsa. Todas as potências do espírito, no entanto, devem ajustar-se ao preceito divino, porque há caridade em falar e ouvir, impedir e favorecer, esquecer e recordar. Tempo virá em que a boca, os ouvidos e os pés serão aliados das mãos fraternas nos serviços do bem supremo.
 Cada pessoa, como cada coisa, necessita da contribuição da bondade, de modo particular. Homens que dirigem ou que obedecem reclamam-lhe o concurso santo, a fim de que sejam esclarecidos no departamento da Casa de Deus, em que se encontram. Sem amor sublimado, haverá sempre obscuridade, gerando complicações.
Desempenha tuas mínimas tarefas com caridade, desde agora. Se não encontras retribuição espiritual, no domínio do entendimento, em sentido imediato, sabes que o Pai acompanha todos os filhos devotadamente.
Há pedras e espinheiros? Fixa-te em  Jesus e passa.
(PÃO NOSSO – Emmanuel – Chico Xavier – Cap.3l )

5.ATIVIDADE:
Caça-palavra


6. CONCLUSÃO:
Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam, inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé.
(...) Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
(Evangelho Segundo Espiritismo, cap. XXVII, item 4)




O milagre da vida chama-se amor”.
Joana de Ângelis























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