Tema:
Parábola do Bom Samaritano(Um
convite à caridade)
1.MENSAGEM
“Se
examinarmos atentamente a Doutrina de Jesus, veremos em todos os seus
princípios a exaltação da humildade e a humilhação do orgulho. As
personalidades mais impressionantes e significativas de suas parábolas são
sempre os pequenos, os humildes, os repudiados pelas seitas dominantes, os
excomungados pela fúria e ódio sacerdotal, os acusados pelos doutores da lei.
pelos rabinos, pelos fariseus e escribas do povo, em suma, os chamados
heréticos e descrentes! Todos estes são os preferidos de Jesus, e julgados mais
dignos do Reino dos Céus que os potentados da sua época, que os sacerdotes
ministradores da lei, que os grandes, os orgulhosos, os representantes da alta
sociedade! “
(Cairbar
Shuettel, sobre a Parábola do Bom Samaritano)
2.OBJETIVOS:
-Sensibilizar a criança sobre as diversas
oportunidades de auxiliar as pessoas que encontram em seu dia-a-dia;
- Estimular o evangelizando a refletir sobre a importância de
não cultivar no coração quaisquer tipos de preconceitos (raça, religião, cor,
etc);
- Destacar que a Parábola exemplifica os ensinamentos de Jesus,
como a caridade e a humildade, duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao
orgulho;
3.SENSIBILIZAÇÃO:
Levá-los a sensibilizarem sobre as diversas oportunidades de auxiliar as
pessoas que encontram no seu dia-a-dia.
Um jovem muito rico se dirigi a Jesus e
pergunta:
Mestre,
que Bem devo fazer para possuir a Vida Eterna?
Jesus
responde: “É necessário amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todas
as forças e de todo o entendimento; e também amar ao próximo como a si mesmo.”
Após
este convite de Jesus, vamos refletir:
ü Se você encontra uma pessoa precisando de
ajuda, o que faz?
ü Se você se depara com uma pessoa caída na
rua ou na calçada, como age?
ü
Alguém
já pediu o seu auxílio, em qualquer lugar, mais você foi indiferente à
situação?
Hoje iremos
estudar sobre uma Parábola que nos
ensina sobre a oportunidade de praticarmos o bem: a Parábola do Bom Samaritano.
4.ESTUDO: A
PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
“E eis que se levantou um certo doutor da lei tentando-O e
dizendo: - Mestre, que farei para herdar a Vida Eterna?
E Ele lhe disse: - Que está escrito na lei? Como lês?
E, respondendo, ele disse: - Amará ao Senhor Deus de todo o teu
coração, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: - Respondestes bem; faze isso, e viverás.
Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: -
E quem é o meu próximo?
E, respondendo, Jesus disse: - Descia um homem de Jerusalém
para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e,
espancando-o, se retiraram deixando-o meio morto.
E ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e,
vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também, um levita, chegando àquele lugar, e
vendo-o passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e,
vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas deitando-lhes azeite e
vinho, e, podo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou
dele.
E,
partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e
disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu t’o pagarei quando
voltar.
-
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos
dos salteadores?
E
ele disse: - O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: - Vai
e faze da mesma maneira.”
(Lucas:
Cap. X, v. 25-37)
O
ensino propiciado por Jesus nessa edificante parábola é dos mais elucidativos.
Nele podemos apreciar o exercício da caridade imparcial, despretensiosa,
incondicional, em seu sentido amplo, sem limitações.
O
samaritano, considerado herético e apóstata pelos judeus ortodoxos, foi o
paradigma tomado pelo Mestre para nos dar o ensejo de tão profundo ensinamento.
O
grande mérito da Parábola do Bom
Samaritano é de nos provar que o indivíduo que se intitula religioso e se
julga o expoente do sistema religioso oficial, nem sempre é o verdadeiro
praticante das virtudes que, geralmente, são ensinadas em profusão, mas pouco
exemplificadas.
O
sacerdote que passou primeiramente pelo moribundo, atribuía a si qualidades
excepcionais e se julgava zeloso cumpridor da lei e dos preceitos religiosos.
Certamente, balbuciou algumas palavras de rogativa a Deus, em favor do homem
que ali estava ferido, mas daí, até a ajuda direta a distância é enorme.
O
samaritano, considerado réprobo pelos judeus, porém, conscientemente cumpridor
dos seus deveres humanos, não se limitou a se condoer do moribundo, e sim,
achegou-se a ele e o socorreu do melhor modo possível, levando-o, em seguida, a
um lugar de pouso, onde o assistiu melhor e o recomendou ao estalajadeiro,
prontificando-se a pagar todos os gastos.
A
caridade foi, ali, dispensada a um desconhecido, e quem a praticou não
objetivou retribuição de espécie alguma, o que escapa à quase generalidade dos
casos, pois, na Terra, a maioria daqueles que se denomina religiosos,
objetivam, quando fazem qualquer bem, a recompensa dos Ceús, fazendo com que
haja um interesse em jogo, uma expectativa de retribuição.
Os
samaritanos eram dissidentes do sistema religioso dos escribas e fariseus –
eram os protestantes da época. O Nazareno, com o fito de demonstrar a
precariedade dos ensinamentos da religião oficial, geralmente figurava os
samaritanos como sendo aqueles que haviam assimilado a parte melhor da
religião: a parte prática, que consiste na concretização daquilo que os
ensinamentos prescrevem.
Jesus, além de nos ensinar o feito grandioso do samaritano da
parábola, tomou, em outras circunstâncias, os samaritanos como modelo, haja
vista o ensino em torno da mulher samaritana, (João, IV, 5-30), e o outro da
cura dos dez leprosos, dentre os quais apenas um, que era samaritano, se
lembrou de voltar para render graças à Deus, (Lucas, XVII, 11-19).
(AS
MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy).
...”Jesus
coloca o samaritano, considerado como herege, mas que tem amor ao próximo,
acima do ortodoxo a quem falta a caridade. Jesus não considera a caridade uma
das condições para a salvação, mas a condição única; colocando a caridade no
primeiro plano das virtudes, é porque ela enfeixa, implicitamente todas as
outras: humildade, doçura, benevolência, indulgência, justiça, etc., e por ser
a antítese absoluta do orgulho e do egoísmo.”
(O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO – Cap.XV – 3 – Allan Kardec)
COM CARIDADE
“Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade. ”Paulo.( I
Coríntios, 16:14.)
Ainda
existe muita gente que não entende outra caridade, além daquela que se veste de
trajes humildes aos sábados ou domingos para repartir algum pão com os
desfavorecidos da sorte, que aguarda calamidades públicas para manifestar-se ou
que lança apelos comovedores nos cartazes da imprensa.
Não podemos discutir as intenções
louváveis desse ou daquele grupo de pessoas; contudo, cabe-nos reconhecer que o
Dom sublime é de sublime extensão.
Paulo indica que a caridade, expressando
amor cristão, deve abranger todas as manifestações de nossa vida.
Estender
a mão e distribuir reconforto é iniciar a execução da virtude excelsa. Todas as
potências do espírito, no entanto, devem ajustar-se ao preceito divino, porque
há caridade em falar e ouvir, impedir e favorecer, esquecer e recordar. Tempo
virá em que a boca, os ouvidos e os pés serão aliados das mãos fraternas nos
serviços do bem supremo.
Cada
pessoa, como cada coisa, necessita da contribuição da bondade, de modo
particular. Homens que dirigem ou que obedecem reclamam-lhe o concurso santo, a
fim de que sejam esclarecidos no departamento da Casa de Deus, em que se
encontram. Sem amor sublimado, haverá sempre obscuridade, gerando complicações.
Desempenha tuas mínimas tarefas com
caridade, desde agora. Se não encontras retribuição espiritual, no domínio do
entendimento, em sentido imediato, sabes que o Pai acompanha todos os filhos
devotadamente.
Há pedras e espinheiros? Fixa-te em
Jesus e passa.
(PÃO NOSSO – Emmanuel – Chico Xavier – Cap.3l )
5.ATIVIDADE:
Caça-palavra
6. CONCLUSÃO:
“Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e
sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele
domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do
futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se
conservam, inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe
torna a fé.
(...) Reconhece-se o
verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para domar suas inclinações más.
(Evangelho
Segundo Espiritismo, cap. XXVII, item 4)
“O milagre da vida chama-se amor”.
Joana de Ângelis
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